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BOI ARUÁ (1984)
Créditos
Longa-metragem, Sonoro, Animação
Material original: 35mm, cor, 85', 2.330m, 24q; 2D

Origem: Salvador (BA) / Brasília (DF)
Produção:1982
Estréia: 24/11/1984, Rio de Janeiro (I FestRio)


Distribuição: EMBRAFILME - Empresa Brasileira de Filmes S.A.

Direção: Francisco (Chico) Liberato
Continuidade: Ana Liberato

Companhia(s) produtora(s): Seriarte Planejamento Visual, Programa de Educação Básica (SEC/MEC)
Companhia(s) co-produtora(s): EMBRAFILME - Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Produção executiva: Maria Augusta São Paulo, Regina Machado

Argumento: Alba Liberato
Roteiro: Alba Liberato, Francisco (Chico) Liberato
Diálogos: Alba Liberato

Direção de fotografia : Francisco (Chico) Liberato, Celso Campinho

Direção de som: Timo Andrade

Supervisão de animação: Ana Liberato
Intervaladores: Ana Liberato, Rita Andrade, Edi Guimarães, Núbia Espinheira, Paulo Carvalho, Denise Liberato
Filetistas: Denise Liberato, Paulo Carvalho, Núbia Espinheira, Edi Guimarães, Rita Andrade, Ana Liberato
Coloristas: Ana Liberato, Alba Liberato, Rita Andrade, Edi Guimarães, Cezar Nunes, Jussara Boureau, Ingra Liberato

Montagem : Tuna Espinheira
Edição final : Edson Cavalcante

Trilha sonora: Ernst Widmer, Sertania, Sinfonia do Sertão, de Ernst Widmer
Música-tema: Cantiga do boi incantado, de Elomar Figueira

Edição : Cinevideo

Elenco: Vozes: Seu Nô, Ana do Rosário, Alípio Simões, Viriato, Dona Durvalina, Dovirge, Flor Violeta Liberato, Dedega

Fontes: Transcrição de letreiros “Boi Aruá” (versão VHS e DVD; Acervo DIMAS); Cinemateca Brasileira; Alba Liberato.


OBSERVAÇÃO

Observações: Contemplado com o selo do CIFEJ (Centre International du Film pour lÈnfance et la Jeunesse) “Referência de Valores Culturais para a Infância e Juventude”.

Cinemateca Brasileira indica: Cenografia: Edy Guimarães, Ana Silvia Liberato, Núbia Espinheira; Paulo Carvalho, Cezar Nunes, Tereza Perez; Robério; Rita Andrade.

O DVD indica: Regina Machado e Maria Augusta São Paulo na produção executiva; Maria Augusta São Paulo na direção de produção; além de apresentar as seguintes funções: intercaladores e filatelistas; coloristas; operadores de stand; supervisão de desenhos. Oscar Dourado produziu a digitalização (para o Atelier Liberato), assistido por João Liberato.

Estréia: 24/11/1984, Rio de Janeiro (I FestRio)
Lançamento: 04/12/1985, Salvador-BA (Cine Iguatemi 2)

Em 2005 foi lançada uma versão restaurada e digitalizada em DVD.
O DVD indica: Regina Machado e Maria Augusta São Paulo na produção executiva; Maria Augusta São Paulo na direção de produção; além de apresentar as seguintes funções: intercaladores e filatelistas; coloristas; operadores de stand; supervisão de desenhos. Oscar Dourado produziu a digitalização (para o Atelier Liberato), assistido por João Liberato.

Nova versão em DVD tem 60 min.
SINOPSE

Sinopse: “Um fazendeiro orgulhoso de seu poder é desafiado sete vezes pela figura fantástica do Boi Aruá. Depois de derrotado seis vezes, o tirano consegue compreender a real dimensão humana, aproximando-se de si mesmo e de seus semelhantes.” (Cinemateca Brasileira)
IMPRENSA

Imprensa: Agostinho Vieira: Folha do Festival – I FestRio (24/11/1984)

O valente Boi Aruá dos 7 desafios

Um desenho animado de longa-metragem feito totalmente no Nordeste do Brasil, com base na literatura de cordel. Este é Boi-Aruá, do artista plástico Chico Liberato, que será exibido hoje às 12 horas, na Mostra Informativa do Bruni-Ipanema, durante o Festival Internacional de Cinema, TV e Vídeo do Rio de Janeiro.

Francisco Liberato de Mattos, diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia conta que Boi-Aruá “é um animal valente que enfrenta o orgulho do fazendeiro Tibúrcio, considerado o todo poderoso nos limites indefinidos da sua extensa propriedade”. Tibúrcio “encontra poderio de igual peso, amplitude e teimosia na constância do boi em sete desafios, sete vezes enfrentado, sete vezes escapulido para um território de onde só fazia voltar com força maior”. Seu “orgulho tirano leva-o a enfrentar a figura formidável e encantada de Aruá, mas acaba desenganado da antiga razão de viver; por fim, atinge e apreende sua mais secreta dimensão como indivíduo, a mais derradeira dimensão do Boi como enviado das correntes restauradoras da função do Eu, senhor de larga margem de humanidade desenvolvida nesse processo de alcançar a si próprio e ao semelhante.”

Anthony Knet, representante do National Film Board of Canadá na América Latina, considerou “fantástico” o trabalho de Chico Liberato. O desenho é rústico como as coisas do Nordeste, e não há aquela linearidade característica dos desenhos animados feitos pela escola americana dos estúdios Disney. A técnica é nova, e inclui momentos dramáticos de grande tensão, com falas gravadas no sertão de Monte Santo pelos próprios moradores do local.

O grande problema de Chico Liberato, para fazer o desenho, foi a falta de dinheiro. Fez várias viagens até Brasília para que a Embrafilme financiasse o projeto, que custou Cr$ 130 milhões, menos da metade do que se gasta normalmente num trabalho como este. Liberato gosta de ressaltar também o trabalho de equipe para a realização do filme: “Não havia profissionais no Nordeste, nesta área de animação, a equipe aprendeu durante o processo, e hoje já se pode dizer que existe um núcleo de desenho animado no Nordeste.”

Este é o sétimo desenho de Chico Liberato, que já recebeu diversos prêmios na área de cinema. Os mais importantes foram, o prêmio de Melhor Filme Bahiano na XXI Jornada Brasileira de Curta-Metragem e o prêmio Alexandre Robatto Filho, da Universidade Federal da Bahia.

Além do Festival Internacional do Rio, Boi-Aruá já foi convidado a participar do Festival de Cinema do Panamá e do Festival de Havana, ambos em dezembro. Através deste último, Chico Liberato pretende manter contatos para levar o filme ao mercado dos países socialistas.

Mais informações
Prêmios: I FestRio – Festival Internacional do Rio de Janeiro-RJ (1985): Menção Honrosa.
Cópias disponíveis: 35mm: Acervo DIMAS
DVD: Acervo DIMAS
Contato: arteliberato@uol.com.br