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Nossas bases: FIAF e Filmografia Brasileira Em 1980, a UNESCO lançou a “Recomendação sobre a Salvaguarda e Conservação das Imagens em Movimento”. Uma das ações sugeridas é “estabelecer e divulgar filmografias nacionais e catálogos de todas as categorias de imagens em movimento [...] procurando, quando possível, padronizar os sistemas de catalogação”. De acordo com a “Recomendação”, este inventário constituiria a base para ações de preservação dos acervos audiovisuais.

Tendo em mente a indicação da UNESCO, Filmografia Baiana: Memória Viva utiliza um sistema de catalogação criado a partir das normas definidas pela FIAF - Federação Internacional de Arquivos Filmográficos e desenvolvido em constante diálogo com a Cinemateca Brasileira.

A Cinemateca é a instituição responsável por documentar a Filmografia Brasileira, porém, mesmo com a enorme competência e comprometimento dos seus profissionais, não tem possibilidade de se aprofundar em questões eminentemente “estaduais/regionais”, devido à vastidão do conjunto da produção brasileira. É justamente aí que entra o projeto Filmografia Baiana, acrescentando um pequeno mosaico à pesquisa do audiovisual nacional.

Isso significa que, mesmo estabelecendo pontes e diálogos nacionais, caminhamos ao encontro de algumas reflexões de Jean-Claude Bernardet, em “Historiografia Clássica do Cinema Brasileiro”. O autor nos chama a atenção para a necessidade de observar e respeitar o que ele chama de “ritmos próprios” das produções regionais, que não podem ser subsumidas a uma grande narrativa nacional, na qual perdem sua especificidade e são submetidas aos grandes eixos de produção/reflexão. Ou seja, ao dar visibilidade às produções baianas, tidas como “periféricas”, contribuímos para o enriquecimento do panorama audiovisual brasileiro.